"Todos os argumentos que provam a superioridade humana não eliminam este fato: no sofrimento os animais são semelhantes a nós." Peter Singer - Filósofo e professor de bioética na Universidade de Princeton, autor de Libertação Animal (1975)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ALZHEIMER EM ANIMAIS - Síndrome da Disfunção cognitiva

Ela é mais conhecida em animais idosos devido a deterioração relacionada à idade (a partir de 10-11 anos de idade), das habilidades cognitivas, caracterizadas por mudanças comportamentais nos animais. 
Os sintomas de SDC não são sinais de um “envelhecimento normal”. O animal idoso sadio mantém a mesma personalidade, humor, e interatividade, respeitados limites da idade. Se ele está ficando esquecido, irritável, com descontrole de esfíncteres, mudanças de hábitos, pode estar havendo um comprometimento de suas funções cerebrais, num processo degenerativo semelhante ao que acontece com os seres humanos no Mal de Alzheimer.
O excesso de vocalização é um dos sinais mais evidentes. O uso incorreto da caixa de areia, distúrbios do ciclo do sono, diminuição de apetite e afetividade, irritabilidade, agressão, desorientação e excesso de limpeza são outros sinais. É importante que o diagnóstico seja dado por um médico veterinário, uma vez que esses sintomas fazem parte de muitas patologias felinas.
Em cães é comum a dificuldade em reconhecer pessoas e locais ,deambular sem rumo pela casa, ladrar ou mostrar medo por objectos conhecido, alterações na interacção com os donos, aumento dos confrontos com outros animais, aumento das horas de sono durante o dia e diminuição durante a noite, perda por exemplo dos hábitos de micção num determinado local, fazendo em casa quando nunca o fazia. 

A idade avançada e a ausência de qualquer outra doença que cause dor e desconforto ou induza a um dos problemas acima podem levar o clínico a suspeitar de Síndrome de Disfunção Cognitiva.
Na verdade seres humanos, cães, roedores e gatos sofrem desse mal. Com o passar dos anos, a capacidade cognitiva, ou seja, de aprendizado e percepção da vida cotidiana, vai diminuindo.
Isso acontece porque partes do cérebro vão sendo substituídas por placas amiloidosas. A produção de alguns neurotransmissores importantes, como a serotonina e a adrenalina, responsáveis por sensações de bem-estar e pelaperfusão cerebral, também cai, fazendo com que as coisas não funcionem mais como deveriam.
Também aumenta a produção de radicais livres. Digamos que seria como uma correia de bicicleta sem lubrificação. Em outras palavras, os gatos também ficam gagás. Longe de contar a mesma história várias vezes seguidas, os gatos começam a se comportar como filhotes novamente, só que mal-educados.
Esquecem o que aprenderam e, muitas vezes, deixam de exercer o seu papel de pets, não interagindo mais com seus donos. Existe uma droga aprovada pela FDA americana para o uso em cães que tem se mostrado bastante eficiente em gatos. Trata-se do Selegeline, que basicamente diminui a produção de radicais livres, protegendo o metabolismo dos neurotransmissores.
Nicergolina é outra droga que está sendo testada em gatos com bons resultados. Algumas rações superpremium têm adicionado antioxidantes que ajudam a melhorar os sinais de disfunção cognitiva
Infelizmente essa é uma doença ainda pouco diagnosticada, porque muitos proprietários ainda não estão conscientes da importância da castração e confinamento dos felinos dentro de casa, a fim de aumentar sua expectativa de vida. Ou seja, a maioria dos gatos não chega a envelhecer; morre antes. Na rotina da clínica são ainda poucos os gatinhos anciãos atendidos. Mas isso está mudando.
É importante que, ao se pensar em Disfunção Cognitiva, já se tenha descartado qualquer outra doença possível. São necessários exames completos como sangue, bioquímica, ultra-som e ECG. Só então podemos fechar o diagnóstico.
Luelyn Jockymann, médica
veterinária especialista no comportamento de cães e gatos.








A DISFUNÇÃO COGNITIVA CANINA, apresenta-se em cães geriátricos tendo uma evolução lenta e progressiva. 
Os sintomas incluem:
- DESORIENTAÇÃO – o cão perde-se dentro de casa, por vezes não encontrando a saída de uma divisão da casa, mesmo quando ela é evidente.
- DIMINUIÇÃO da actividade física.
- ALTERAÇÕES do padrão do sono- muitos cães passam as noites acordados a vaguear pela casa e a vocali
zar
e dormem durante o dia.
- PERDA de hábitos de higiene e rotinas – os animais “esquecem” alguma rotinas, esquecendo algumas brincadeiras e, por vezes, urinando ou defecando dentro de casa.
- NÃO RECONHECIMENTO dos donos – deixam de mostrar entusiasmo quando os donos chegam a casa ou quando são afagados por eles.

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