"Todos os argumentos que provam a superioridade humana não eliminam este fato: no sofrimento os animais são semelhantes a nós." Peter Singer - Filósofo e professor de bioética na Universidade de Princeton, autor de Libertação Animal (1975)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Hemobartonela

ASSIM COMO A ERLICHIOSE E A BABÉSIA, EXISTE A HEMOBARTONELA QUE ACOMETE TANTO CÃES COMO GATOS MESMO QUE SEJA MAIS COMUM NOS FELINOS.

CÃES:

A hemobartonelose é uma doença do sangue que acomete tanto cães como gatos e é causada por um microorganismo chamado Haemobartonella canis, nos cães e Haemobartonella felis, nos gatos, infectando as hemácias (células vermelhas do sangue) dos animais, através de picadas de pulgas e carrapatos (e, às vezes, certos mosquitos) que estiverem contaminados com tais microorganismos. Embora atinja cães e gatos, a hemobartonelose acaba sendo mais freqüente nos gatos, já que nesta espécie a gata contaminada pode transmitir a doença aos seus gatinhos recém-nascidos, mesmo sem a presença de pulgas ou carrapatos.

Como já foi dito no artigo sobre a Doença do carrapato - Erlichiose, o carrapato ou a pulga infectados acabam inoculando o microorganismo no animal durante a picada, infectando as hemácias e causando uma anemia lenta ou rápida, mas de qualquer forma bastante séria.

Os sinais e sintomas apresentados são apatia, aumento dos linfonodos e baço, aumento da temperatura corpórea, uma anemia que aparece bem lentamente e acompanha perda de peso progressivo ou uma anemia aguda e severa que produz depressão e amarelamento das mucosas em geral, mais visivelmente em olhos e boca. 

O diagnóstico é feito através dos sintomas apresentados e da história dos hábitos dos animais, além de exames laboratoriais sanguíneos que detectam anormalidades nas células do sangue e a presença dos microorganismos responsáveis pela doença.

O tratamento se constitui a base de antibióticos, corticóides e em alguns casos quando a anemia é muito severa, há necessidade de se realizar transfusão sanguínea. Como muitas outras doenças, a prevenção é mais segura que o tratamento, mesmo porque muitos gatinhos que se recuperam tornam-se portadores do microorganismo Haemobartonella, por toda a vida.

Mais uma vez, devemos lembrar, que o combate aos parasitas externos como a pulga e o carrapato são essenciais para uma vida saudável, para isso sempre utilize produtos seguros e e eficazes, indicados somente pelo médico veterinário.

GATOS:

Hemobartonelose (haemobartonellosis, anemia infecciosa felina) é causada por uma ricketsia: Haemobartonella felis. É um parasita microscópico que invade as células vermelhas do sangue, causando sua destruição. Ele nem sempre produz doença, podendo o gato ser portador assintomático. Quando produz doença, se acopla a parede das hemácias de forma cíclica. A anemia que causa é regenerativa, porque não causa dano à medula óssea, o que deve ser levado em conta na hora do diagnóstico. Em muitos gatos a hemobartonelose ocorre após stress.

O hematozoário é transmitido pela picada do carrapato ou pulga. Outros modos de transmissão são via placentária, da mãe para os filhotes, por mordidas e transfusão de sangue.
Essa doença é provocada por um microplasma, que pode ser transmitido por carrapatos ou pulgas, ou mesmo passar da mãe para os filhotes recém-nascidos. Uma imunossupressão pode predispor ao aparecimento da doença (Leucemia, rinotraqueíte...). Os sintomas são os mesmos observados em um animal com anemia: perda de peso, perda de apetite, cansaço fácil, etc. Existe tratamento para a doença, mas os gatos que se recuperarem podem se tornar portadores latentes da doença.

Além de serem transmitidos por pulgas, ele podem ser transmitidos por carrapatos e até passados de um gato para outro por mordidas e arranhões. Mães podem passar pros filhotes através da placenta.

Deve-se fazer um controle efetivo de pulgas, já que a doença é transmitida de um gato para outra, através da picada de pulgas. Não há casos relatados de Hemobartonela em humanos.
A PULGA é um transmissor em potencial da anemia infecciosa, uma vez que ela ataca tanto gatos sadios quanto os doentes. A maior freqüência da AIF ocorre em gatos machos, com livre acesso a rua: o contagio ocorre através de brigas entre gatos machos, quando há perda de sangue. Alguns pesquisadores também crêem que seja possível a transmissão da doença de uma gata doente para os seus gatinhos durante a gestação, via placenta. 

A doença se caracteriza por anemia em vários graus de gravidade, com os sintomas a ela associados normalmente: letargia, perda de peso progressiva, gengivas pálidas, perda de apetite, apatia, fraqueza, aumento da freqüência respiratória (mesmo quando em repouso ou apos exercícios leves), aumento do fígado e gânglios linfáticos. Em casos mais graves pode haver desidratação e queda de temperatura corporal, levando à morte. 

A AIF se apresenta nas formas aguda, sub-aguda e crônica. Na forma aguda, entre o aparecimento dos sintomas e o óbito podem passar-se apenas algumas horas a poucos dias. A forma sub-aguda os sinais acima descritos aparecem de forma não tão rápida, podendo levar alguns dias a semanas para apresentar todos os sintomas. A forma crônica da doença (e a mais comum) muitas vezes passa desapercebida pelo proprietário, pois decorre um longo período em que o gato aparentemente está bem, antes de surgirem todos os sintomas. 

Como existem gatos aparentemente saudáveis portando a doença, acredita-se que o surgimento dos sinais da AIF seja devido a uma queda na resistência do gato, seja por stress ou por outras doenças. Como os sintomas são comuns a várias doenças, a confirmação da AIF só pode ser feita através de exames de sangue. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores as chances de cura.

Fases da Doenças:
.Fase aguda: Esplenomegalia (aumento do baço)
.Fase cronica: febre; hematuria (sangue na urina); mucosas descoradas pela anemia profunda; epistaxe (perda de sangue pelo nariz); perda de peso; redução do apetite; petéquias (pequenas hemorragias subcutaneas); podendo ocorrer hemorragia gastrintestinal (devido ao rompimento de pequenos vasos) e icterícia; histórico de infestação por carrapatos, pulgas.

Cerca de 1/3 dos gatos não tratados morrem da infecção. Os animais se tornam portadores para o resto da vida, mesmo se recuperando da doença. Em casos de comprometimento do sistema imunológico, por causa viral, stress ou administração de corticosteróide, a doença retorna.